Anualmente, no dia 28 de março, movimentos estudantis se mobilizam em memória de Edson Luís Lima Souto, estudante morto pela Polícia Militar durante um protesto em 1968, época do regime militar.
Em 2023, essa mobilização acontece também em função de outra pauta: A luta pela desmilitarização das escolas, em resposta à medida da gestão Bolsonaro que implementou o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) em mais de 200 escolas do país.
A União Paranaense dos Estudantes Secundaristas do Paraná (UPES), na ocasião da morte do estudante Alekson Ricardo Kogenski em 2022, vítima de agressão numa escola cívico militar no norte do Paraná, emitiu a seguinte nota: “Uma escola sem liberdade de expressão, em que, é gerenciada por militares sem formação pedagógica, resulta em um ambiente ignóbil, que fortalece as opressões e afeta a formação da vida cidadã dos estudantes”.
Desde o início do mandato, a gestão Lula sinaliza o interesse pela revogação do programa de escolas cívico-militares. Uma das medidas já tomadas foi o fim da diretoria responsável pelo programa.
Em consonância, tramita na Câmara dos Deputados, o Projeto 56/23, que revoga o decreto que criou o Pecim.